Política Partidária e Consciência Cósmica.
Quando o alvo será atingido?
do estadista brasileiro Fernando Henrique Cardoso. Sem revanchismo e com
denodado espírito público, ele governou o Brasil durante oito anos. O sucessor dele
não teve coragem de mudar as regras e manteve o essencial em todas as
plataformas de governo, logrando êxito na empreitada, com as exceções
conhecidas de todos os brasileiros. FHC soube conduzir a democracia com muito
equilíbrio e justiça social. Lula, por sua vez, não deixou a peteca cair
enquanto governava. Agora, a mulher presidente, Dilma Rousseff, colhe os frutos
e alguns infortúnios que só o tempo implacável poderá revelar tudo o que se
esconde debaixo do tapete.
O Estado Brasileiro necessita com urgência
implementar uma nova Política. A articulação das pessoas
entre si, a formação de seus elos sociais, não está mais determinada por
meios do passado, que se concentravam em torno de uma ideia-chave, a de interesse,
geralmente econômico. Este continua tendo seu peso, mas que diminui
cada vez mais. O bom seria que fosse empregado o pensamento de Platão em
todas as esferas de governo, para que a justiça pudesse ser aplicada em sua
plenitude. Podemos observar as instituições pesadas, permanentes, sólidas, como
partidos, sindicatos, associações de defesa de interesses precisos e lobbies,
que vão crescendo, e aumentando seu peso relativo na cena política.
Maquiavel, em sua Obra “O Príncipe” dá instruções
significativas aos governantes de seu tempo, cujos respingos podem recair sobre
as novas cabeças, se quiserem atentar para essa realidade. O que alguns agentes
públicos de hoje deixam transparecer é que “a política moderna não é das
virtudes, mas dos interesses.” Deixando de exercer a democracia, eles se perdem
e assim, não conseguem construir um reino duradouro. Talvez alguns destes
gestores modernos se esqueçam de que “virtude na política é a capacidade do
líder para agir de maneira criativa e bem sucedida, vencendo as circunstâncias”.
Fazer Política com P maiúsculo seria o ideal em toda a
sociedade organizada. As picuinhas jamais poderiam ter destaque, em detrimento
de uma nova ordem das coisas. As pessoas deveriam ser respeitadas muito acima
das convicções partidárias. Os formadores de opinião, os mestres e tantos
outros profissionais precisam ocupar o seu espaço no contexto cultural e
social, sem que a hostilidade os atinja por força de uma agremiação partidária,
ou simplesmente por mero sentimento de proselitismo político.
Apesar de tantas mudanças que se verifica em todos os
sistemas de coisas, ainda acontecem cenas estarrecedoras, quando detentores do
poder, os pseudo-líderes se armam para exercer a democracia pelo avesso,
utilizando a força do mal, com o estigma de perseguição cujo objetivo é,
sobretudo, adotar a tática infame do narcisismo para se manter no poder.
Iludem-se todos os que pensam que vencerão agindo desta maneira. É bom lembrar
sempre que os maiores líderes mundiais, e poderia citar Mahatma Gandhi,
venceram com a atitude da não-violência.
Motivados por questões de somenos importância, os tais
promovem um rebuliço, imaginando-se heróis por uma atitude mesquinha e nefasta,
indigna de um representante popular. Os homens que agem assim não ficarão
impunes, basta reviverr a História da Humanidade em suas muitas etapas. Onde
está o Império Romano e seus Grandes Imperadores? E Hitler, o que aconteceu com
ele? Pela adoção de medidas impróprias e arrogantes, muitos tombaram…
Diante de um quadro não muito diferente de situações
vividas no passado, o que pode abrir-lhes os olhos? Só a Luz Divina, por meio
de seus Obreiros, pode contribuir para uma perfeita paz aqui, ali e acolá. Os
sanguinários e todos os que são propensos a guerrilhas, não subsistirão à
Potente Mão do Criador.
Seria um erro proclamar, e pior ainda celebrar, o fim
dessa política revanchista e atrasada. Ela continua forte ainda em nossos
dias, mas ai dos insensatos que perseguem e que querem fazer valer os espúrios
desejos do homem. A esses, está decretado um fim trágico, onde todas as
lembranças se apagarão porque para eles mesmos cavaram uma sepultura. É
lastimável a expressão profética, mas isso serve de alerta para que despertem das
trevas da negligência e possam viver na Luz.