Escola Mística – Escola Oculta
A Maçonaria, como Escola Mística encara os mistérios da Ordem de um outro ponto de vista, vendo neles um plano para o despertar espiritual do homem e seu desenvolvimento interno. Os graus da Ordem são simbólicos de certos estados de consciência, que devem ser despertados no iniciado individual para ganhar o tesouro do espírito.
A meta do místico é a união consciente com o GADU, e para um maçom desta escola, a Ordem objetiva representa o caminho para essa meta. Oferecer um mapa por assim dizer, para buscar passos do buscador do GADU.
A Maçonaria, como Escola Oculta apresenta um de seus principais postulados, que é a eficácia sacramental do cerimonial maçônico, podendo ser chamada de escola sacramental ou oculta. O Termo ocultismo tem sido mal interpretado, por ser definido como o estudo e conhecimento do lado interno da natureza por meio dos poderes existentes em todos os homens, mas ainda não despertos na maioria deles. Esses poderes podem ser acordados e treinados no estudante ocultista, por meio de longa e cuidadosa disciplina e meditação.
O objetivo do ocultista, da mesma forma que o místico, é a união consciente com o GADU, porém seus métodos de busca são diferentes.
Com o emprego da magia cerimonial, ele cria um veículo através do qual se pode atrair a Luz Divina espalhando-a para o mundo. Ao passo que o místico utiliza-se da prece e da oração. Na verdade ambos os caminhos conduzem ao GADU, que é o Grande Arquiteto do Universo.
As palavras bonitas podem impressionar temporariamente o indivíduo, mas só a vivência interior, o contato direto com o Ser Supremo e suas Leis é que o levará a uma verdadeira alquimia, quando o Eu Superior começará a reger a sua vida em todos os sentidos, pois ele é a Luz da Vida.
A verdade absoluta não está em nenhuma escritura ou livro, mas sim dentro de nós mesmos, pois sabemos que o Criador usa a linguagem do espírito, que é percebida através do próprio silêncio interno. A única inspiração legitima, originaria do coração do Universo, ou do Ser Supremo, somente será conseguida através do isolamento, do silêncio interior, quando abandonarmos o pensamento analítico, as emoções originarias do mundo exterior e nos alicerçarmos na energia pura do pensamento universal, a fonte divina disponível a todos aqueles que a ela se unirem.
“O Eu Superior é primordialmente o ser essencial do homem, o todo-importante resíduo que sobra com a eliminação do pensamento de identificação com o corpo físico e com o intelecto. Aquilo que existe no interior do ser humano na qualidade de centro do Eu Superior, existe também fora dele no Espírito Universal, do qual é um fragmento” – Paul Brunton
Comparando Maçonaria com Budismo:
Maçonaria: – Vencer minhas paixões, submeter minha vontade.
Budismo: – Abandonar os cinco sentidos ao sabor dos seus caprichos é como deixar um cavalo indômito sem rédeas. Tal cavalo às pessoas derruba e arrasta dentro do buraco. A mente é senhora dos cinco sentidos, mas é mais perigosa que uma cobra venenosa, uma fera ou um salteador, por isso você deve disciplinar sua mente.
Maçonaria: – A Câmara de reflexões leva o neófito ao mundo da introspecção. Mais tarde, pelo V.’.M.’. fica sabendo: “Os símbolos que ali existem levaram você certamente, a refletir sobre a instabilidade da vida, lição trivial sempre ensinada, e sempre desprezada”.
Budismo: – Elimine as trevas da ignorância com a Luz da sabedoria. O mundo é algo perigoso e incerto, sem nada de estável.
Maçonaria: – Os três passos formando cada um e a cada junção dos pés um ângulo reto, significa que a retidão é necessária para quem deseja vencer na ciência e na virtude.
Budismo: – Qual é o caminho da salvação? É a Retidão, é a Meditação, é a Sabedoria. Penetrada pela retidão, a meditação se torna fecunda, penetrada pela meditação, a sabedoria se torna fecunda. Penetrada pela sabedoria, a alma se liberta totalmente do apego qualquer, apego aos desejos, apego ao erro e a ignorância.