Pastor não é profissão e nem todos estão prontos para esta missão divina
O apóstolo Paulo que exerceu um ministério glorioso, teve um chamado na estrada de Damasco, e sofreu muito em sua vida apostólica, como ele mesmo declarou seguidas vezes em suas cartas no primeiro século, em sua caminhada como verdadeiro ‘plantador’ de igrejas.
Ser ‘obreiro’, ser ordenado ao cargo de pastor ou outro ministério, é muito fácil. Ter ‘vocação’ para a Obra de Des é outra coisa. Quem não possui o ‘chamado’, será apenas um ‘impostor’ e sofrerá de forma acentuada, sem vislumbrar um futuro promissor na causa do Mestre. Todos os dias, são vistos pelas ruas das cidades, obreiros sem o devido preparo e sem unção, pela absoluta falta de convicção e sem as condições mínimas de espiritualidade para a missão a que foram convocados, e desprovidos de vida intensa no Espírito.
Pela falta de qualificação, e não tendo experiência no ministério santo, todos sofrem. As igrejas ficam ‘raquíticas’, enquanto a comunidade não recebe o impacto do evangelho de poder. Sem liderança e fracos na fé, a geração de novos pastores e demais obreiros, existem apenas em número, mas com atuação pífia, com raras exceções.
Percentualmente, algumas estatísticas devem ser levadas em conta, cujos números chegam a assustar. 97% dos pastores em atividade, são traídos ou falsamente acusados por seus líderes de confiança; 70% dos pastores lutam contra a depressão ou doença similar; 1500 pastores desistem do ministério a cada mês e apenas 10% se aposentam como pastor de Igreja. 58% dos pastores desistiriam da igreja, se tivessem outra fonte de renda. 80% dos pastores sentem-se desencorajados frente aos desafios. 94% das famílias de pastores sentem a pressão do ministério, enquanto 45% das esposas de pastores dizem que o maior problema da vida delas é o esgotamento de seus maridos. 78% dos pastores não possuem amigos íntimos, nem mesmo em sua comunidade de fé. 90% dos pastores trabalham entre 60 e 80 horas por semana, com salários incompatíveis com o custo de vida. É bom salientar que ‘o índice de suicídio’ entre pastores vem aumentando nos últimos tempos, em virtude da ‘síndrome do pânico e doenças emocionais’.
Diante dessa tão alarmante realidade, é preciso que ‘o povo que se considera crente’ comece a orar pelos obreiros das igrejas, intercedendo com fé pelos verdadeiros pastores, aqueles que militam com desvelo em favor do reino de Deus. Esses ‘obreiros dedicados’ precisam ser reconhecidos, sem o julgamento precipitado a que todos eles estão sujeitos.
Necessário entender que os pastores e líderes espirituais são ‘seres humanos’ como as demais pessoas, e carecem de tratamento respeitoso. Estes homens de Deus também necessitam de momentos de alegria, de descanso e de alguma forma de divertimento. Eles são de ‘carne e osso’ como as demais pessoas que vivem debaixo do sol. Todos os adeptos precisam ‘refletir’ sobre a vida de um ‘bom pastor’, conforme as recomendações do escritor aos hebreus 13.17 – “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.”
Então, o ‘obreiro aprovado’ necessita da atenção dos abnegados servos. Eles merecem todo carinho e atenção dos verdadeiros seguidores de Jesus de Nazaré.