É conhecida por zoroastrismo ou mazdeísmo a religião monoteísta surgida no Irã, baseada nos ensinamentos do profeta Zaratustra. De acordo com os relatos tradicionais, Zoroastro viveu no século VI a.C. na Ásia Central, num território que corresponde atualmente ao leste do Irã e a região ocidental do Afeganistão. Ele pertencia ao clã Spitama, sendo filho de Pourushaspa e de Dugdhova.
Dois princípios fundamentais regem o sistema de crenças desta religião, que são a existência de Deus e do Diabo e a volta do Paraíso à Terra. Ahura Mazda é a deidade suprema, o criador de todas as coisas boas, enquanto Ahriman é o princípio destrutivo que rege a ganância, a fúria e as trevas. Seus adeptos acreditam que Zoroastro é um profeta de Deus, mas este porém não é alvo de veneração direta por parte dos mesmos.
De acordo com os ensinamentos do zoroastrismo, é dado aos seres humanos aproximar-se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e justiça. De acordo com os Gathas, após a morte, cada alma é julgada na “Ponte de Cinvat”. Os que seguem a Verdade chegam ao Paraíso; quem segue a Mentira, cai no Inferno.
Os livros sagrados do Zoroastrismo são: o Zend-Avesta, a Bíblia da religião, é o livro sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei. Entre outros pontos, a obra ensina a negação de qualquer tipo de prática mágica, refuta a adoração de várias divindades e a realização de sacrifícios envolvendo o uso de sangue. Afirma ainda que cada indivíduo poderia seguir um dos dois caminhos oferecidos por Mazda e Arimã, e o compromisso com a verdade e o amor ao próximo garantiriam uma vida eterna no Paraíso. O Gathas, que são dezessete hinos atribuídos a Zoroastro, que permitem conhecer a vida e o pensamento religioso do inaugurador da religião. O Pahlavi, que consiste na literatura zoroastrista.
Mesmo em meio a uma maioria muçulmana que exerce enorme pressão sobre a religião, o zoroastrismo continua sendo praticado por algumas populações no interior do Irã e comunidades iranianas radicadas na Índia, os chamados parsis. Mesmo assim, estima-se que cerca de 1% da população do Irã seja seguidora do zoroastrismo, enquanto que a esmagadora maioria segue o islamismo.
O zoroastrismo possui ainda uma importância em meio à história das religiões, por ser pioneira no conceito de religião monoteísta, onde é cultuado apenas um deus. Especula-se que conceitos fundamentais do zoroastrismo, principalmente o monoteísmo tenham influenciado o judaísmo, e consequentemente o cristianismo.