Geraldo Meirelles nasceu em 24 de fevereiro de 1926 em Casa
Branca, interior de São Paulo. Veio para a capital paulista na década de 1940,
já órfão de mãe e dependendo de seu próprio trabalho para sobreviver. Trabalhou
como vendedor, jornaleiro, motorista e outras funções. Sozinho em São Paulo era
a música sertaneja o único traço de identificação que o mantinha ligado as suas
origens: música da roça, música caipira, enfim não ser ouvida ou cantada nos
círculos sociais mais altos da poderosa capital, tendo que lutar contra aquele
preconceito. Os roceiros, os caipiras trabalhavam arduamente para alimentar
aquela gente, como é que sua música, a expressão mais sincera dos seus
sentimentos não podia ser ouvida. Tomou para si a dor de todos os
marginalizados, ergueu sua bandeira e a manteve e erguida por esta razão. O
Marechal felizmente não se aposentou; retornou com o Programa “Canta
Viola” na TV pela Rede Família aos domingos, também manteve um Programa
Sertanejo na Rádio Difusora de Casa Branca, onde voltou a morar em 1992. Iniciou
a carreira na década de 1940, como locutor de rádio e ator de circo. Em 1947
começou a fazer radioteatro no Alto Sumaré, com Lulu Belencase. Na década de
50, mais precisamente em 1956 criou um programa na Rádio Nove de Julho que
durou 20 anos, até que a rádio fosse fechada pelos militares. O Programa era
chamado “Rancho da Amizade”, que era levado ao ar diariamente da 17h
às 17h30, com duplas ao vivo, e o “Prelúdio Sertanejo”, das 17h30 às
18h pela mesma emissora. Trabalhou ainda nas rádios Tupi, Nacional e Aparecida.
Começou a atuar na música sertaneja em 1961, levado por seu cunhado, o
compositor Athos Campos, para o programa “Crepúsculo Sertanejo”, na
Rádio Nove de Julho. Em 1962, passou a apresentar na TV Cultura o programa
Canta Viola, que foi o primeiro do gênero sertanejo a ter mais de uma hora de
duração. Em 1966 o programa passou a ser apresentado na TV Tupi de São Paulo. De
1970 até 1973 trabalhou como diretor artístico da gravadora Copacabana. Esteve
um ano na TV Bandeirantes, voltou para a Tupi e a partir de 1971 passou a ser
apresentador na TV Record, onde permaneceu até 1995. A partir de 1982, quando
sofreu um acidente automobilístico, o programa passou a ser apresentado por seu
filho Marcelo. Geraldo Meirelles, entretanto, permaneceu apresentando o quadro
“Na Beira do Forno”, dirigido à música de raiz. No “Canta
Viola” se apresentaram diversos astros da música sertaneja, entre os quais
Liu e Léu, Zilo e Zalo, Irmãs Galvão, Zezé Di Camargo e Luciano e Leandro e
Leonardo. Geraldo Meirelles foi o grande impulsor da carreira da dupla
Chitãozinho e Xororó, que adotou esse nome artístico por sua sugestão. Como
compositor, teve as composições “Poema Sertanejo” de parceria com
Tony Damito, “Carrossel da Vida”, com Goiá, “Esta Saudade”,
com Marcelo Costa e “Palavras de Amor e Fé”, com Marciano, gravadas
pela dupla Chitãozinho e Xororó. Também teve o samba “Samba de Roda”, parceria com Athos
Campos, gravado por Pena Branca e Xavantinho. Em julho de 2007, participou do encontro de locutores e radialistas voltados
para o universo da canção sertaneja, ocorrido em Pirassununga, no interior de
São Paulo, ocorrido na 12ª Semana Nenete de Música Sertaneja, realizado pela
Secretaria de Cultura e Turismo da cidade.
Faleceu no dia 5 de julho de 2013, aos 87 anos.
Branca, interior de São Paulo. Veio para a capital paulista na década de 1940,
já órfão de mãe e dependendo de seu próprio trabalho para sobreviver. Trabalhou
como vendedor, jornaleiro, motorista e outras funções. Sozinho em São Paulo era
a música sertaneja o único traço de identificação que o mantinha ligado as suas
origens: música da roça, música caipira, enfim não ser ouvida ou cantada nos
círculos sociais mais altos da poderosa capital, tendo que lutar contra aquele
preconceito. Os roceiros, os caipiras trabalhavam arduamente para alimentar
aquela gente, como é que sua música, a expressão mais sincera dos seus
sentimentos não podia ser ouvida. Tomou para si a dor de todos os
marginalizados, ergueu sua bandeira e a manteve e erguida por esta razão. O
Marechal felizmente não se aposentou; retornou com o Programa “Canta
Viola” na TV pela Rede Família aos domingos, também manteve um Programa
Sertanejo na Rádio Difusora de Casa Branca, onde voltou a morar em 1992. Iniciou
a carreira na década de 1940, como locutor de rádio e ator de circo. Em 1947
começou a fazer radioteatro no Alto Sumaré, com Lulu Belencase. Na década de
50, mais precisamente em 1956 criou um programa na Rádio Nove de Julho que
durou 20 anos, até que a rádio fosse fechada pelos militares. O Programa era
chamado “Rancho da Amizade”, que era levado ao ar diariamente da 17h
às 17h30, com duplas ao vivo, e o “Prelúdio Sertanejo”, das 17h30 às
18h pela mesma emissora. Trabalhou ainda nas rádios Tupi, Nacional e Aparecida.
Começou a atuar na música sertaneja em 1961, levado por seu cunhado, o
compositor Athos Campos, para o programa “Crepúsculo Sertanejo”, na
Rádio Nove de Julho. Em 1962, passou a apresentar na TV Cultura o programa
Canta Viola, que foi o primeiro do gênero sertanejo a ter mais de uma hora de
duração. Em 1966 o programa passou a ser apresentado na TV Tupi de São Paulo. De
1970 até 1973 trabalhou como diretor artístico da gravadora Copacabana. Esteve
um ano na TV Bandeirantes, voltou para a Tupi e a partir de 1971 passou a ser
apresentador na TV Record, onde permaneceu até 1995. A partir de 1982, quando
sofreu um acidente automobilístico, o programa passou a ser apresentado por seu
filho Marcelo. Geraldo Meirelles, entretanto, permaneceu apresentando o quadro
“Na Beira do Forno”, dirigido à música de raiz. No “Canta
Viola” se apresentaram diversos astros da música sertaneja, entre os quais
Liu e Léu, Zilo e Zalo, Irmãs Galvão, Zezé Di Camargo e Luciano e Leandro e
Leonardo. Geraldo Meirelles foi o grande impulsor da carreira da dupla
Chitãozinho e Xororó, que adotou esse nome artístico por sua sugestão. Como
compositor, teve as composições “Poema Sertanejo” de parceria com
Tony Damito, “Carrossel da Vida”, com Goiá, “Esta Saudade”,
com Marcelo Costa e “Palavras de Amor e Fé”, com Marciano, gravadas
pela dupla Chitãozinho e Xororó. Também teve o samba “Samba de Roda”, parceria com Athos
Campos, gravado por Pena Branca e Xavantinho. Em julho de 2007, participou do encontro de locutores e radialistas voltados
para o universo da canção sertaneja, ocorrido em Pirassununga, no interior de
São Paulo, ocorrido na 12ª Semana Nenete de Música Sertaneja, realizado pela
Secretaria de Cultura e Turismo da cidade.
Faleceu no dia 5 de julho de 2013, aos 87 anos.
O produtor e apresentador de programas sertanejos Geraldo Meirelles, conhecido como o ‘marechal da música sertaneja’, morreu ao 87 anos na de 5 de julho, em Casa Branca (SP). Meirelles, que sofria de diabetes, teve falência múltipla dos órgãos. Ele ficou conhecido pelos trabalhos no rádio, como o ‘Prelúdio Sertanejo’ da rádio 9 de Julho nos anos 1950, e na televisão, como o ‘Canta Viola’, que teve início na TV Cultura nos anos 1960. Ele passou ainda pela TV Tupi, TV Bandeirantes e, de 1971 a 1995, foi apresentador da Rede Record. Meirelles sempre apoiou e incentivou a música sertaneja, ajudando a divulgar duplas como Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé de Camargo e Luciano e Tião Carreiro e Pardinho. A luta pelo gênero musical lhe rendeu o título de ‘marechal’.