Fernando Pessoa
O Iniciado Fernando Pessoa, o maior poeta
português, comparado a Luís de Camões.
cidade de Lisboa. Levou uma vida anônima e solitária e morreu em 1935, vítima
de uma cirrose hepática. Foi Iniciado da Rosa-Cruz, e defendeu a Maçonaria mesmo sem ter sido
membro da Fraternidade. Foi célebre poeta, utilizando dezenas de heterônimos,
sendo os principais: Alberto
Caeiro, Álvaro de Campos, Bernardo Soares e Ricardo Reis. A heteronímia resulta de
características pessoais referentes à personalidade de Fernando Pessoa: o
desdobramento do “eu”, a multiplicação de identidades e a sinceridade do
fingimento, uma condição que patenteou sua criação literária e que deu origem a
seus grandes poemas. Fernando Pessoa foi o maior
criador de heterônimos da Literatura, objeto de maior parte dos estudos sobre
sua vida e sua obra e, por isso, é considerado um dos maiores nomes da
Literatura Universal.
O nascimento dos grandes heterônimos
pessoanos se dá em 8 de março de 1914 – Fernando Pessoa descreve essa data como
um “dia triunfal”, na qual escreve 30 dos 40 poemas de “O guardador de
rebanhos”, de autoria atribuída a Alberto Caieiro, que se torna o “mestre” dos próximos heterônimos,
seus discípulos Ricardo Reis e Álvaro de Campos, e do próprio Fernando Pessoa.
especialista na obra do poeta, lembra que apesar de Fernando Pessoa ter
assinado textos literários com mais de 70 nomes, ele próprio afirmou a
existência de apenas três heterônimos, personagens que adquiriram independência
em relação a seu criador. O estilo do Ricardo Reis é inconfundível, o de
Alberto Caeiro e de Álvaro de Campos também. Só esses três é que têm vida
própria, personalidade própria e estilo próprio. E os três são ele melhor. Para
Fernando Pessoa, essa androginia espiritual era uma maneira dele atingir
a perfeição.
Ao contrário dos pseudônimos, os
heterônimos constituem uma personalidade fictícia, sobretudo de autores. Sendo
assim, Fernando Pessoa não só criou outros nomes para assinar seus textos, mas,
junto deles, criou suas respectivas biografias. Sobre ele próprio: era magro,
calvo disfarçado pelo chapéu, sem sucesso amoroso, sem carreira profissional,
endividado, porém com uma superação na escrita que proporcionou desdobramentos
de sua personalidade. Vivia em um processo constante de busca espiritual sobre
si mesmo e sobre Portugal.