SOL QUENTE – Ainda no Porto Carmeliano, o sol ardia. Meu pai ia trabalhar na roça e eu o acompanhei, desobedecendo a sua ordem. E estava descalço, como era a vida naquele lugar, vivendo em pobreza extrema. Estando perto de um cafezal, ele disse prá eu voltar prá casa, pois o sol era ‘abrasador’. Mesmo com aquele sol escaldante, segui os passos de meu pai, ‘pisando’ na areia quente, a caminho do roçado. Tentava eu andar pela sombra, mas ele me obrigou a caminhar, no rigor do sol e sofrendo os efeitos da areia queimando os meus pés. Ao voltar para casa, mais tarde, senti na ‘pele’ o resultado do verão, pois o sol quente me fez sofrer muito. As marcas do sol ‘ardente’ ficaram em meu rosto, tendo aprendido ali mais uma lição, para obedecer os pais. Foi esta uma das muitas ‘proezas’ vividas no labor diário, trabalhando na roça e vivendo tantas experiências ruins.