Emaús é mais do que uma localidade geográfica, Emaús é um estado de espírito diante de profunda decepção de dor, ou quebra de expectativa.
A Bíblia registra uma história em Lucas 24.13–35, que se passa a caminho da pequena aldeia, que hoje só restam ruínas. No final domingo de páscoa, dois discípulos estão caminhando, frustrados, decepcionados a caminho de Emaús, embora tivessem ciência dos rumores (Jesus ressucitou).
No meio do caminho, o próprio Jesus se aproxima e começa conversar com eles. Porém a dor da frustração os cegava. Ao conversar, responderam: “pensávamos que fosse Ele quem iria remir Israel.” Ou seja, “achávamos que seria agora”, “estava tão perto da vitória”.
Há quem diga, que esse momento se chama o recuo da flecha. Sempre antes de ser lançada uma flecha, o flecheiro a puxa, fazendo-a recuar, depois a solta e grande é o seu voo. Mas o recuo dói, Emaús machuca.
“Pensavámos que seria agora, pensávamos que estava acontecendo, mas parece que ficou mais longe, parece que voltamos à estaca zero.”
A lição final de Emaús é não abrir mão da comunhão com Deus, porque foi no partir do pão que os olhos dos discípulos se abriram e puderam reconhece-lo. Era Jesus, sempre foi. Conversou conosco, andou conosco, nosso coração ardia. Mas a dor da frustração, a decepção nos impedia de reconhecer. Emaús é só um momento, mas Jesus é pra sempre. (Marcos Valter Wendland)