A imposição de mãos é uma ‘doutrina’ ainda vigente nos dias de hoje. O apóstolo Paulo, escrevendo aos hebreus, enfatizou sobre os “princípios elementares da doutrina de Cristo” (Hb 6.1, 2). A Igreja Primitiva cultivava esta doutrina, que era uma prática desde o início. Os novos ‘crentes’ aprendiam logo cedo a prática da Imposição de Mãos, que representava um poder dos céus.
A imposição de mãos é um assunto reinante e bíblico por excelência, devido à transferência de uma verdade espiritual, pela intenção, misticamente exercida sobre alguém. Ao se curvar para uma oração penitente, o Adepto se submete inteiramente à vontade de Deus, que aceita o gesto espiritual, pelo simbolismo de poder que reside nas mãos santas e imaculadas. É nesse sentido que a imposição de mãos se torna uma prática poderosa. Segundo o ensino bíblico, as mãos representam a extensão da própria pessoa e colocadas sobre alguém têm o poder da cura e da regeneração.
Então, é preciso que haja entendimento e zelo no momento de exercer esse ministério. Regra geral, a doutrina é mal distribuída nas igrejas e organismos espirituais, onde a fé é exercida. Há uma prática ‘equivocada’ nos Templos religiosos, quando assunto é Imposição de Mãos. Sem conhecer o princípio da doutrina bíblica, existem pessoas fazendo a imposição de mãos, de forma direta e sufocante. É um erro que precisa ser ‘reparado’ nas comunidades de fé espalhadas em todos os lugares. A Imposição de Mãos deve ser feita, obedecendo a ordem e a decência, sem oprimir o buscador. As mãos santas têm poder em si, não necessitando que elas sejam colocadas sobre alguém, tocando as pessoas de qualquer jeito.
É certo que Deus opera milagres e maravilhas, como Ele quer, e também pela Imposição de Mãos, mas não de forma desordenada e sem o devido preparo para esta prática. É prova de irresponsabilidade espiritual, quando o sacerdote se acha no direito de impor as mãos sobre a pessoa crédula, sem atentar para os ‘ensinamentos’ apostólicos nos primeiros tempos. É preciso ‘manter’ do suplicante uma certa distância, para não deixá-lo em afronta.
É bom lembrar que o próprio Jesus de Nazaré ‘operava’ pela Imposição de Mãos, mas o fazia de acordo com a doutrina conhecida desde a velha aliança e repetida nos tempos em que ‘palmilhou’ a Terra, realizando a Sua Obra. Jesus trouxe consigo muitos sinais do reino de Deus, incluindo a ‘doutrina’ da Imposição de Mãos, por vezes, ‘deturpada’ por pregadores inexperientes.
A Imposição de Mãos, é um princípio espiritual que deveria ser exercido nos Templos, com o fim de alcançar os objetivos propostos, curando os males e renovando a fé das pessoas, de maneira eficiente. Esta verdade é tão forte, que as forças do mal procuram imitar os verdadeiros profetas, dando ‘ênfase’ ao assunto. Por isso não se pode ‘permitir’ que pessoas sem unção façam a imposição de mãos sobre os doentes e necessitados. Isso é perigoso, além de contribuir para um ‘exacerbado’ fanatismo religioso. É neste sentido que Paulo adverte para que os ‘neófitos’ não sejam ordenados, e para não se impor precipitadamente as mãos sobre alguém (I Tm 5.22).
Praticada desde o tempo da antiga aliança (Lv 9.22), geralmente a Imposição de Mãos é operada em conjunto com a ‘verbalização’ do seu propósito. Jesus o fazia para abençoar as crianças, e ainda em muitos momentos de Seu sagrado Ministério. Jesus o fez e os apóstolos também. Todos os que crêem, devem impor as mãos para liberar a cura (Mt 16.17). Em Tiago 5.14, 15 o termo “orem sobre eles” dá a entender a imposição de mãos, quando o apóstolo recomenda a unção com óleo. Portanto, a Imposição de Mãos é um canal para a operação de grandes milagres.
É possível receber muitas bênçãos por meio da Imposição de Mãos, cujos registros estão nos textos sagrados e na vida espiritual através dos tempos. Conta-se que, cheio de unção, o missionário Gunnar Vingren, costumava impor as mãos para que as pessoas recebessem o ‘selo’ da promessa. Da mesma forma, os dons espirituais aconteciam pela Imposição de Mãos, sem ‘atropelar’ os crentes, impondo as mãos sobre as cabeças, sem responsabilidade e forçando-as a situações vexatórias.
É necessário, pois, todo cuidado, quando a situação exigir uma Imposição de Mãos, para que não haja escândalo, contribuindo para que as pessoas ‘caiam’ por terra, extrapolando assim, os princípios doutrinários, apresentados pelo mestre Jesus e pelos apóstolos e que estão registrados nas Escrituras.