A pequena Vitória, covardemente assassinada em Mundo Novo, por um homem de 47 anos, na tarde de 24 de outubro, tendo sido encontrado o seu corpo na noite do dia 25, causando enorme comoção em toda a Comunidade. O poema é dedicado à memória dela.
Olhar meigo de menina inocente, que vivia
sem nunca pensar que a vida fosse assim…
numa tarde de outubro, quando anoitecia,
eis que ronda o monstro, um homem ruim!
Antes que despertasse a flor da inocência,
e mesmo sem saber o que é o pecado…
a perseguição de alguém sem clemência
que surge no caminho, um cão danado!
Vitória, a pequena indefesa cai no laço,
de forma traiçoeira; diante do perigo,
não sabe mais o que fazer, o embaraço:
ela perde a vida nas mãos do inimigo!…
Desfalecida, nas brenhas sepultada,
a pobre menina não pode mais falar!
Se pudesse, chamaria a mãe amada…
agora, ela repousa em seu eterno Lar!
26.10.2010 – Jairo de Lima Alves