Itajobi, terra de bons violeiros, o povo admira;
A viola sempre altaneira, no batidão do catira.
Abel, Zico e Zeca, Vieira e Vieirinha, Liu e Léu:
as vozes fizeram história, no sertão e na cidade;
lindas canções entoavam, emoção e qualidade.
Sucesso em toda parte, até a chegada no céu.
Os filhos de Itajobi, unidos e sempre cantando:
bons no ponteio da viola, aplausos ganhando,
Antônio Bernardo e Domingos, vozes de ouro!
Rubens e Rubião, afamados em toda a região,
formavam um dueto perfeito naquele sertão!
Lincoln e Walter Paulino, o estilo era um tesouro.
José Vieira não será esquecido. Era o Abel,
cantando com o primo Sebastião, parceiro fiel.
Abel e Caim, foi dupla de sucesso no País!
Nos circos, cinemas e teatro eram chamados,
Conquistando a fama e a glória, são aclamados
desde Itajobi até os confins, a carreira foi feliz.
Assim, a história é completa com esses artistas,
no cenário sertanejo, orgulho para os paulistas.
Hoje é só lembrança, o legado de vencedores:
adeus, Abel; adeus, Vieira e Vieirinha também!
Zico e Zeca, de vozes inconfundíveis, no além…
Liu e Léu, quanta saudade! Itajobi, seus valores.
Itajobi sempre será lembrada, em todo tempo…
a saudade dos campeões, tudo no pensamento!
Orgulho para a Terra, depois de tanto sucesso.
Se fosse possível voltar ao passado, tudo rever;
o som da viola no catira e lindas vozes a gemer,
esses violeiros cantando não seria o reverso.
Mundo Novo, 7 de fevereiro de 2025
Jairo de Lima Alves